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    O Blog Quemdisse visa uma postagem inicial mais ágil, descompromissada e espontânea sobre meus pensamentos e assuntos de momento, para um powterior exame mais aprofundado na “euciclopédia” ProjetoQuem (enciclopédia filosófica e interdisciplinar online, de vocação crítica e social, informativa mas com posicionamentos).

Detetives – De Sherlock Holmes e Watson a 2 personagens que criei: uma pequena viagem mítica

sumário:

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Sherlock Holmes & John Watson

Neste momento, em meus estudos para a construção de minhas videoaulas misturadas com historinhas de faz-de-conta, estou “escavando” até as profundezas míticas quais seriam as origens longínquas dos mitos do herói investigador e da dupla heróica. Dois mitos que estão conjugados na formação de duplas como Sherlock Holmes e o Dr. John Watson, criados por Arthur Conan Doyle a partir da personificação imaginária em separado de duas facetas de sua própria personalidade.

Essa dupla das aventuras de detetive escritas por Conan Doyle serviu de base para minha criação da dupla de investigadores filosóficos e mitológicos Ludovico S.H. Borba & Quincas Gil Dudimusas, vulgarmente conhecidos como Ludi e Quindú (ou Quindim para os mais íntimos).

Por isso estou mergulhando no estudo das profundezas míticas de Sherlock e John Watson: estudá-las é estudar também a ascendência mítica de meus heróis imaginários, com os quais construirei meus estudos em vídeo sobre filosofia e mitologia.

E em que direção  este estudo está me levando?

Pã e Hermes, e outras divindades gregas

Essse estudo para minhas videoaulas está me levando às lendas gregas sobre os deuses Pã (com suas paixões frustradas e seu par de cornos, dupla representação do falo) e seu padrinho divino Hermes (o deus das interpretações e das estratégias e truques). Dois deuses ligados diretamente à sexualidade, à origem da vida e à proteção dos seres vivos, e às forças vitais mais animalescas e primitivas.

Está me levando também às lendas sobre Nereu e as nereidas (que mudavam de forma e eram guardiões dos segredos profundos da personalidade e da tomada de formas de todas as coisas).

Em torno de antigos deuses chifrudos
(como o “poderoso Pã”, protetor da natureza)

Esse estudo para minhas videoaulas também está me levando mais além, a pesquisas sobre outra entidade cornuda antiquérrima: o minotauro — e sobre toda uma série de outros personagens ligados à sua lenda. Por expdmplo Dédalo e Ícaro (e Belerofonte, que como Ícaro caiu ao tentar atingir a fonte divina de toda luz e de todo esclarecimento)… E sobre o labirinto de Creta, e sobre Ariadne, a senhora da orientação nos labirintos, e seu amado Dioniso, o deus das máscaras.

Os deuses da medicina e da cura

Esse estudo para minhas videoaulas stá me levando ainda ao estudo das lendas sobre antigas divindades gregas da medicina, como Paián (ou Paieón) e Asclépio (ou Esculápio) e seu professor, o centauro Quíron — todos em busca do segredo da morte, tentando desvendar seus enigmas e mistérios para vencê-la.

E está me levando às lendas de Eros e Psiqué e de Orfeu e Eurídice, sobre o perigo e a loucura do mergulho em mistérios profundos e obscuros que caberiam apenas aos deuses, ou o perigo e a loucura da tentativa de desvendá-los — contra todos os sinais e avisos de um possível castigo divino na direção de algo como a destruição ou a morte.

Como não ver no nome do Professor Moriarte, o arqui-inimigo de Sherlock Holmes e Watson, uma amarga e inteligente brincadeira do autor (Conan Doyle era médico) com as palavras latinas que designaram a “arte da morte”? A morte! — que tanto ensina ao médico, em sua luta heróica para decifrar-lhe os enigmas e para vencê-la?

Como não ver aí um espelho do pesadelo que Robert Louis Stevenson imortalizou na literatura em seu “O médico e o monstro “? E daquela invasão proibida no território divino dos mistérios da morte que reencontramos numa das mais ousadas mulheres de seu tempo, aquela (Mary Shelley) que ousou e escrever a história do Doutor Frankenstein?!

Gilgamesh e Enkidu

Esses estudos estão me levando também, finalmente, ao exame das mais antigas lendas da história da humanidade, registradas em pedra, na escrita cuneiforme, pelos antigos mesopotâmicos. Aquelas de Gilgamesh e seu parceiro Enkidu — diretamente refletidos em meus dois personagens Ludi e Quincas — e nas lendas ainda mais antigas da deusa Inana ou Ishtar, enfrentada por eles.

Enkidu tinha chifres — assim como seu “duplo”, um Deus protetor dos agricultores que na geração anterior teria sido um pretendente da deusa Inana rejeitado por ela. Inana havia preferido o tio de Gilgamesh, que era uma deus nômade protetor dos pastores, mas que acabou depois sendo amaldiçoado e transformado no mais antigo lobisomem de todas as lendas a respeito disso na história da humanidade.

Um de meus personagens, Quindú (que é digamos assim o meu “Watson”, combina algo de Enkidu com algo do tio lobisomem de Gilgamesh. Esse lobisomem se chamava Dumuzi, o sobrenome de Quincas (ou Quindú) é Dudimusas. E Quincas não sabe, mas é lobisomem.

Gilgamesh, em sua lenda, é um semideus e é o líder ambicioso e tirânico de uma cidade mesopotâmica.  Enkidu, o chifrudo protetor da natureza (como o futuro Pã dos gregos) é enviado pelos deuses para enfrentar o tirano Gilgamesh, acabar com sua arrogância e torná-lo mais respeitoso com o povo.

(Mais tarde na Grécia antiga, embora de maneira bem diferente, Pã também será lembrado como o responsável pela existência da democracia, por ter contribuído pouco antes para a vitória dos atenienses em uma batalha crucial para isso, a batalha de Maratona contra os invasores persas.)

Entretanto, para desespero dos deuses, a luta entre Enkidu e Gilgamesh termina empatada, e da admiração mútua entre eles surge uma amizade que os torna parceiros inseparáveis.

O mais antigo investigador mítico:
Gilgamesh tenta desvendar e vencer o enigma da mortalidade.

Quando Enkidu, seu querido amigo e quase irmão, morre, Gilgamesh se torna obcecado com a ideia de descobrir o segredo da vida eterna e vencer a morte, e — já modificado pela convivência com o falecido Enkidu — quer enfrentar e destruir o privilégio dos deuses trazendo esse segredo a todos os mortais.

O personagem Ludi de minha dupla de investigadores filosóficos e mitológicos — ou seja, o meu Sherlock, foi imaginado com traços gilgameshianos. E todas as suas investigações tendem a se concentrar em im confronto com uma arqui-inimiga: Irisbel Arquimorte! — minha versão do Professor Moriarte de Sherlock Holmes.

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