No Facebook em 29 de março de 2013
Estou pensando em como a imagem que tenho dos meus alunos, oficiais e extraoficiais, está tendendo cada vez mais a ser de algum modo a de uma espécie de “filhos postiços”… acho que estou realmente começando a ficar velho.
O curioso, é que essa sensação de “velho” está me agradando. Cada vez mais. A gente começa aos poucos a ir ficando com uma sensação de que 80% das coisas que geram aflições, ansiedades etc. (o que evidentemente costuma estar ligado a essa gente toda, já que são a imensa maioria das pessoas com quem me relaciono), são mera e pura bobagem. Algo equivalente à “aflição” de achar um par de meias que combine com o sapato, nada mais.
O que vai ganhando importância é apenas isso: Como são essas pessoas? Em que nível de amadurecimento estão? Em que ritmo estão se desenvolvendo? Com que ânimo ou vontade? Em que área? (Porque amadurecemos desigualmente, não é?…) De que modo estou participando disso? O que projetam sobre mim nas suas cabeças? Minha presença no processo realmente ajuda em alguma coisa? Atrapalha? No que oriento, oriento bem? Ou meto os pés pelas mãos?
Qual a meia certa para o sapato? Como me coloco para ajudar mais que atrapalhar? Com que nível de aproximação ou distanciamento, de “amizade”, “coleguismo” ou “autoridade”? Com que carga simbólica? (Porque a gente é sempre um pouco símbolo de mil coisas boas e ruins, e que variam, para aqueles que aprendem alguma coisa no convívio com a gente.) O que registram ou gravam para si mesmos no contato comigo? O que fica desse contato? É útil? Em que sentido?…